terça-feira, 22 de outubro de 2019

Saiu no site do NRE de União da Vitória: Estudantes de General Carneiro escrevem cartas para sobrevivente do holocausto

Só para constar, publico aqui matéria que saiu no site do Núcleo Regional de Educação de União da Vitória sobre nossa atividade com as cartas para Anita Prestes.

Estudantes de General Carneiro escrevem cartas para sobrevivente do holocausto

Como parte das aulas sobre a Era Vargas (1930-1945), estudantes das três turmas de nono ano do Colégio Estadual Pedro Araújo Neto (Cepan) assistiram ao filme Olga, de Jayme Monjardim. Baseado em acontecimentos históricos, o filme conta a trajetória da militante comunista alemã Olga Benário, presa no Brasil, e, por ser alemã e judia, deportada para a Alemanha pela ditadura de Getúlio Vargas. Na ocasião, Olga estava grávida de Luís Carlos Prestes, líder comunista brasileiro. Anita, a filha do casal nasceu em uma prisão nazista e, graças a uma campanha internacional, foi entregue para a vó Leocádia e a tia Lígia que criaram a menina.
Os estudantes ficaram bastante impressionados ao saber que Anita Leocádia Prestes, a bebê do filme vive no Brasil até hoje, sendo professora universitária aposentada da Universidade Federal Fluminense e também historiadora e escritora.
Antes de ser morta em uma câmara de gás, Olga trocava cartas com Prestes, ainda preso no Brasil e também com a sogra e a cunhada, a época exiladas políticas que faziam campanha internacional denunciando a violência sofrida por Olga e Prestes.
Em diálogo com os estudantes sobre o filme e os assuntos estudados, o professor de História Lúcio Ambrosio Hupalo lembrou experiência de uma professora retratada no filme “Escritores da Liberdade”, de Richard LaGravenese, onde os estudantes são instigados a escreverem cartas para Miep Gies, austríaca que salvou vários judeus do holocausto e ainda guardou o Diário de Anne Frank, que mais tarde seria entregue a Otto Frank, pai de Anne e sobrevivente do holocausto que o publicou. Assim, surgiu a ideia de os estudantes do Cepan escreverem também cartas para Anita Leocádia Prestes. Nessas cartas, os estudantes falaram sobre eles e suas impressões em relação aos acontecimentos com os familiares da destinatária.
Após contato do professor Lúcio via e-mail com Anita, ela passou seu endereço e ficou interessada em conhecer as cartas escritas pelos estudantes.
Nesta sexta-feira (04), um grupo de estudantes foi até a agência dos Correios de General Carneiro para realizar a postagem do material que em breve será recebido no Rio de Janeiro.
O filme Olga é sugerido pelo livro didático utilizado no Cepan e sua exibição contempla a Lei 13006/2014.
Clique aqui e confira algumas fotos da atividade!

Teste seus conhecimentos sobre negros na sociedade paranaense

Entre os três estados do sul, o Paraná é o que tem a maior população negra (28,5% ). Desde os primórdios até hoje em dia, negros e negras estiveram inseridos nas mais diversas atividades pelo estado. Aproveitando a chegada do mês da consciência negra, elaborei este pequeno teste de perguntas e repostas sobre algumas personalidades negras do passado e do presente.
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Caso encontre erros nas perguntas e respostas, por favor manda um recado nos comentários que tentaremos alterar.
Se quiser também, conta pra gente como foi no teste e sugira outros nomes que poderiam estar neste rol de grandes personalidades negras paranaenses.
Obrigado!



sábado, 19 de outubro de 2019

Teste seus conhecimentos sobre a História o município de General Carneiro - PR

Que tal ver o quanto você sabe sobre a história de General Carneiro?
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Se quiser, conte como se saiu nos comentários!

quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Após estudarem sobre os levantes antifascistas na Era Vargas, estudantes de General Carneiro escrevem cartas para Anita Prestes




A chamada Era Vargas foi o período compreendido entre os anos de 1930 e 1945, quando o Brasil foi governado por Getúlio Vargas. Habilidoso articulador político e também ditador, Vargas enfrentou movimentos de resistência durante os quinze anos que ficou a frente da Presidência da República. Um desses movimentos foi o levante antifascista ocorrido em 1935.

Articulada por militares ligados ao Partido Comunista Brasileiro, o levante tentou a tomada do poder a partir dos quarteis em Natal, Recife e Rio de Janeiro durante novembro de 1935. O movimento contudo não decolou, sendo descoberto e sufocado pela repressão getulista, inclusive resultando em morte de vários revoltosos e, mais tarde, prisão do líder comunista Luís Carlos Prestes e de sua esposa Olga Benário, além de outras lideranças.

Contemplando a Lei 13006/2014, os estudantes assistiram ao filme Olga, de Jayme Monjardim. Baseado na biografia escrita pelo jornalista Fernando Morais, o longametragem conta a trajetória da militante comunista desde sua infância, passando pela juventude, luta contra o nazismo, exílio e formação revolucionária na União Soviética, vinda ao Brasil, prisão e deportação para a Alemanha de Hitler.



O episódio é tido por muitos como um dos maiores crimes de Getúlio Vargas pois, além de ser comunista e judia, Olga estava grávida.

Devido a forte repercussão internacional gerada a partir das denúncias de Leocádia, mãe de Prestes, Olga foi “autorizada” a ter a bebê na prisão e ficar com ela enquanto estivesse amamentando. Após isso, a bebê que recebeu o nome de Anita foi entregue a avó e a tia Ligia. Depois de permanecer trabalhando em campos de concentração na Alemanha, Olga foi morta em uma câmara de gás.

Os estudantes ficaram bastante impressionados com a história de Olga e animados ao saber que Anita Leocádia Prestes, a bebê do filme vive no Brasil até hoje, sendo professora da Universidade Federal Fluminense, historiadora e escritora.

Dos campos de concentração Olga trocou algumas cartas com Prestes, ainda preso no Brasil e também com a sogra e a cunhada, a época exiladas políticas que faziam campanha internacional denunciando a violência sofrida por Olga e seu marido.

Em diálogos sobre o filme na sala de aula, lembrei a experiência da professora Erin Gruwell retratada no filme “Escritores da Liberdade”, de Richard La Gravenese, onde os estudantes são instigados a escreverem cartas para Miep Gies, austríaca que salvou vários judeus do holocausto e ainda guardou o Diário de Anne Frank, que mais tarde seria entregue a Otto Frank, pai de Anne e sobrevivente do holocausto que o publicou. Assim, surgiu a ideia de os estudantes do Cepan escreverem também cartas para Anita Leocádia Prestes. Nessas cartas, eles se apresentaram e falaram das impressões em relação aos acontecimentos com os familiares da destinatária.

Após meu contato via e-mail com Anita, ela passou seu endereço e ficou interessada em conhecer as cartas escritas pelos estudantes.

Na sexta-feira, 04 de outubro, um grupo de estudantes foi até a agência dos Correios de General Carneiro para realizar a postagem do material que foi recebido por Anita no dia 11. Por e-mail, ela agradeceu o material e disse que responderá aos estudantes na medida do possível.




(Revisão textual de Paula Viviane Cordeiro e Iara Jasko)